O projeto é uma releitura do modelo de casa clássico grego e romano com dois pátios, um para entrada e outro central, que coletam as águas da chuva e permitem a entrada de luz e ventilação ao segundo piso aberto, de estar e cozinha. A casa é composta por dois níveis e construída no centro de um terreno triangular.
No primeiro pavimento estão os quartos e banheiro. A cozinha inserida em um grande volume de luz recorda as altas chaminés de pedra da arquitetura popular açoriana, unida a um forno exterior tradicional.
Entre a garagem e a cozinha, há um pequeno volume de placas horizontais de madeira que serve como espaço para secar roupas, o qual utiliza a ventilação natural e faz referência aos típicos secadores de tabaco da arquitetura popular da costa sul da ilha.
O exterior voltado para leste e sul é feito com pedra de lava local assim como as antigas paredes de pedra usadas para dividir terras e proteger as casas que estão por toda a paisagem do local.
No topo, um jogo com dois volumes móveis de madeira ao redor do pátio interno envolvem os quartos, também se referindo aos volumes tradicionais de madeira vistos pela região. Esta madeira é originária do Japão e está por toda a ilha.
Esses dois volumes enquadram a paisagem em direção à costa norte e ao oceano a partir do quarto principal e para as setes cidades vulcânicas e montanhas vistas do segundo quarto, ao sul.
O pátio interno é pintado com uma cor amarela ocre e o pátio dos banheiros com rosa claro, ambas as cores típicas das casas nobres dos Açores.